quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Muita, mas muita calma nessa hora...

É, eu sei que não estamos na Libertadores.

Sei que o elenco carece de peças - sobretudo, um bom reserva para o Loco.

Sei também que fomos eliminados da Taça Guanabara - torneio deficitário e detestável que todo mundo (nós e os rivais) acha que tem obrigação de ganhar.

Mas calma. Não é o fim do mundo! Não é hora de crucificar meio time e caçar bruxas.

Fomos eliminados sim, mas de maneira digna. Jogamos de igual pra igual contra o elenco zilhardário do Fluminense (com ligeira vantagem para o rival) e com importantes poréns: Andrezinho e Loco Abreu no sacrifício (esse último sequer deveria ter sido escalado, na minha opinião), Cidinho machucado, Maicosuel suspenso (e também lesionado). E, ainda assim, um pequeno detalhe na cobrança de pênaltis poderia ter resolvido a parada a nosso favor.

Se há um time que precisa rever suas condições, este é o Fluminense. Com elenco muito superior - ao menos no papel, sofreu pra eliminar um Botafogo desfigurado nos pênaltis.

Precisamos de peças? Sim, precisamos. Mas não vamos invalidar o trabalho realizado chamando Oswaldo de burro, Loco de cone (embora o uruguaio não venha fazendo boa temporada em 2012) ou defenestrando Márcio Azevedo. Perdemos a Taça Guanabara, mas não percamos o bom senso. Ainda é cedo pra julgar - e julgamentos precipitados, como sabem, sempre atrapalham.

Um estadual a mais ou a menos não vai aplacar a ira da torcida e a ânsia por títulos de expressão. Por isso, penso que este campeonato deveria ser relegado a segundo plano e utilizado como laboratório para testar os meninos Vitinho, Jeferson, Renan Lemos, Gabriel, Élber... O foco total deve ser a Copa do Brasil.

Concordo que é grande o ódio contido pela não classificação para a Libertadores, feridas estão abertas, e pedir paciência a torcedor é quase tão inútil quanto clamar honestidade aos políticos de Brasília.

Mas ainda assim, teimosamente insisto em insistir: CALMA.